quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A harmonização entre vinhos e queijos


Como guia, podemos sugerir que os queijos frescos e os frescos curados sejam harmonizados com vinhos brancos leves, frutados e refrescantes, com acidez elevada (para equilibrar com a acidez dos queijos), como os Sauvignon Blanc, Albariño e Muscadet ou espumantes.

Os brancos moles também são acompanhamento perfeito para os espumantes, sobretudo Champagne, seja pelo equilíbrio na acidez, seja pelo enfrentamento do sal moderado do queijo pela efervescência do vinho, mas aceitam parcerias vencedoras com Riesling e Gewürztraminer. A remissão a cogumelos, usual nos queijos desse grupo, abre espaço para os Pinot Noir frutados e com taninos macios.

Um traço marcante dos queijos semimoles é uma doçura discreta, o que cria o pano de fundo perfeito para os brancos aromáticos, principalmente os Gewürztraminer e os Riesling, mas também Vermentino, Arneis, Grüner Veltliner e mesmo Torrontés. Entre os tintos, os leves e frutados como Pinot Noir, Beaujolais, Barbera e Dolcetto são opção para quem não abre mão de algum tanino.

Os queijos duros têm sabores mais fortes e complexos e, agora sim, os tintos encorpados entram em cena. Nesses queijos, a acidez é atenuada pelo tempo, o que evita a disputa com os taninos dos tintos. Assim como presença do sal não é suficiente para o conflito. É preciso corpo para enfrentar a riqueza dos queijos duros. As opções se iniciam com os clássicos italianos, Chianti, Brunello, Barolo e Barbaresco e seguem pela França com os vinhos do Rhône e de Bordeaux. Entre os queijos duros mais tradicionais estão o Parmigiano Reggiano, o Grana Padano, o Pecorino e o Cheddar maturado.

O sal dos queijos azuis se aproxima do limite para os vinhos tintos. Alguns dos tintos encorpados citados no grupo anterior, sobretudo os Barolos e Barbarescos, podem enfrentar os queijos azuis, mas, certamente, não produzirão a mesma satisfação que os vinhos doces. O contraste do salgado com o doce, mais o traço de caramelo dos queijos, resulta em harmonizações clássicas. As particularidades de cada queijo azul conduzem a uma linha sutilmente diferente entre os doces. Assim, o Stilton é imbatível com um Porto Vintage, o Roquefort com um Sauternes e o gorgonzola com um Porto Tawny.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Os diferentes tipos de vinho




Existem cinco tipos distintos de vinhos: os vinhos tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados. Os vinhos tintos podem ser obtidos através das uvas tintas ou das tintureiras (aquelas em que a polpa também possui pigmentos).

Os vinhos brancos podem ser obtidos através de uvas brancas ou de uvas tintas desde que as cascas dessas uvas não entrem em contato com o mosto e que essas não sejam tintureiras. Já os vinhos rosés podem ser feitos de duas maneiras: misturando-se o vinho tinto com o branco ou diminuindo o tempo de maceração (contato do mosto com as cascas) durante a vinificação do vinho tinto.

O espumante é um vinho que passa por uma segunda fermentação alcoólica, que pode ser na garrafa, chamado de método tradicional ou champenoise, ou em auto-claves chamados charmat. Ambas as formas de vinificação fazem a fermentação em recipiente fechado, incorporando assim dióxido de carbono (CO2) ao liquido e dando origem às borbulhas ou pérlage.

Os vinhos fortificados são aqueles cuja fermentação alcoólica é interrompida pela adição de aguardente (~70% vol). De acordo com o momento da interrupção, e da uva que está sendo utilizada, ficará mais ou menos doce. O grau alcoólico final dos vinhos fortificados fica entre 19-22% vol. Os mais famosos são o Vinho do Porto (Portugal), o Vinho da Madeira (Portugal), o Xerez (Espanha) e o Marsala (Sicília).

Cada país e cada região produtora possui uma classificação própria. A classificação italiana é denominada DOCG, a francesa é AOC e a da União Europeia é chamada Denominação de Origem Protegida.

A roda de queijos mapeada



Existem centenas de tipos de queijos produzidos em todo o mundo. Diferentes estilos e sabores de queijo são o resultado do uso do leite de diferentes mamíferos ou com o acréscimo de diferentes teores de gordura, empregando determinadas espécies de bactérias e bolores, e variando o tempo de envelhecimento e outros tratamentos de transformação. Outros fatores incluem a dieta animal e a adição de agentes aromatizantes tais como ervas, especiarias, ou defumação. A condição de pasteurização do leite pode também afetar o sabor final. O amarelo e o vermelho usados para colorir muitos queijos é o resultado da adição de colorau. Os queijos são consumidos puros ou como ingrediente de pratos diversos, também são ótimos no acompanhamento de vinhos.

Queijos classificados pela textura

Categorizar queijos pela firmeza é uma prática comum. Porém, os limites entre "macio", "semimacio", "semiduro" e "duro" são arbitrários, e muitos tipos de queijo são produzidos em variações mais macios ou mais firmes. O fator controlador da dureza de um queijo é o seu teor de umidade que depende da pressão com que ele é colocado nos moldes e do seu tempo de maturação.

Queijos semimacios e o subgrupo, queijos Monastério têm um teor alto de umidade e tendem a ter um sabor suave. Algumas variedades mais conhecidas são: Harvati, Munster e Port Salut.

Os queijos variam em textura do semimacio ao firme são: os queijos de estilo suíço como o Emmental e o Gruyère. A mesma bactéria que dá a tais queijos seus furos característicos, também contribui para o seu aroma e sabor acentuado. Outros queijos que variam do semimacio ao firme são: Gouda, Edam, Jarlsberg e Cantal. Os queijos deste tipo são ideais para a fusão e são usados em torradas para lanches rápidos.

Queijos mais duros têm um teor de umidade menor do que os queijos mais macios. Eles são geralmente colocados em moldes sob uma pressão maior e têm um tempo maior de amadurecimento.

Os queijos que vão do semiduros ao duro são: o cheddar, originário da Garganta de Cheddar na Inglaterra mas, atualmente utilizado como um termo genérico para este estilo de queijo, cujas variedades são imitadas no mundo inteiro e são comercializados de acordo com seu tempo de maturação.

O cheddar é apenas um de uma família de queijos semiduros ou duros (incluindo o Cheshire e o Gloucester). O Colby e o Monterey Jack são similares, mas, queijos de sabor mais suave. Uma técnica semelhante é utilizada para produzir os queijos neerlandeses Edam e Gouda. Os queijos duros — "queijos para ralar" tais como o Parmesão e o Pecorino Romano — são firmemente embalados em grandes formas e amadurecem durante meses ou anos.

Queijos classificados pelo teor de gordura

Alguns queijos são categorizados pelo tipo de leite empregado na sua produção ou pelo teor de gordura de leite adicionada ao processo. Enquanto que a maioria dos queijos disponíveis comercialmente no mundo são produzidos a partir do leite de vaca, em muitas partes do mundo também produzem-se queijos do leite de cabras e ovelhas, os exemplos mais conhecidos são: o Roquefort, produzido na França, e o Pecorino Romano, produzido na Itália, a partir do leite de ovelhas. Algumas vezes, queijos de um estilo similar podem ser produzidos a partir de vários tipos de leite, queijos do estilo Feta, por exemplo, são produzidos do leite de cabras na Grécia e do leite de ovelhas e vacas em outros lugares.

Queijos de creme duplo são queijos macios de leite de vaca que são enriquecidos com nata a fim de que seus teores de gordura cheguem a 60% ou, no caso dos cremes triplos, 75%.

Cervejas norte-americanas

  As cervejas mais famosas.


Algumas cervejas artesanais 


Os EUA sempre foram uma nação consumidora de grandes quantidades de cerveja. O diário de William Bradford regista que o Mayflower foi obrigado a fundear em Plymouth Rock em condições difíceis: "Não podíamos perder mais tempo a procurar… os nossos víveres estavam já quase esgotados, principalmente a cerveja".

As tradições de cervejaria trazidas da Inglaterra e Holanda (tal como foram trazidas para Nova Iorque) asseguraram que as colónias fossem dominadas por bebedores de cerveja e não de vinho. Até meados do século XIX, a cerveja ale dominou a produção norte-americana. A situação mudou quando os estilos de lager, trazidos pelos imigrantes Alemães, demonstraram ser mais rentáveis no que diz respeito à sua produção e distribuição. Nomes como Miller, Pabst e Schlitz começaram a ganhar fama devido às fábricas de cerveja fundadas ou adquiridas por estas famílias - outros se seguiram. Os imigrantes Checos deram também o seu contributo para a história da cerveja dos Estados Unidos.

A cerveja lager produzida por estas companhias não era a mesma cerveja suave e de baixo teor alcoólico que se associa actualmente às modernas unidades produtoras de cerveja dos Estados Unidos. A pilsner americana era uma cerveja particularmente forte, tanto em teor alcoólico como no sabor, de forma a corresponder ao gosto tanto dos imigrantes da Europa Central, quanto dos que já viviam nos Estados Unidos.

Tudo terminou com a proibição. Apenas um pequeno número de fábricas de cerveja se manteve no negócio - produzindo quase cervejas, xarope de malte ou outras bebidas não alcoólicas produzidas a partir de cereais. A produção e transporte de álcool ficou largamente confinados a operações ilegais, nas quais os licores mais alcoólicos - rum contrabandeado ou aguardentes caseiras - se tornavam mais adequados e menos volumosos para transporte clandestino.

Cerca de cinquenta anos depois do fim da proibição, o mercado de cerveja dos Estados Unidos passou a ser dominada por grandes produtoras de cerveja, mais conhecidas pela sua uniformidade que por algum sabor em particular. Cervejas como a produzida pela Anheuser-Busch ou pela Coors seguem um estilo de pilsner muito restrito, com produção industrial em larga escala e com o uso de matérias primas de baixo-custo (como o arroz e o milho). O domínio da chamada "macrobrew" levou ao estereótipo internacional relativo à "cerveja americana", como sendo pobre em qualidade e sabor. Uma piada canadiana muito divulgada diz que a cerveja americana é como fazer amor numa canoa: "extremamente perto (ou melhor: "fucking close", no original) da água".

Contudo, desde o ressurgimento da produção comercial da indústria cervejeira na década de 1980, os Estados Unidos apresentam uma boa quantidade de tipos de cerveja, que se podem encontrar em mais de 1500 brewpubs, microcervejarias, e cervejeiras regionais como a Anchor (San Francisco) e a Samuel Adams (Boston). Em grande parte da Pensilvânia oriental, incluindo Filadélfia, o termo "lager" é sinónimo da Yuengling Traditional Lager, uma cerveja com um sabor forte de uma cervejeira regional de Pottsville, fundada em 1829, o que a torna mais antiga cervejeira em funcionamento contínuo na América. Ainda que em volume de produção, as microcervejarias ainda dominem, os pequenos produtores são responsáveis ainda por uma grande variedade de estilos, devido a diferentes qualidades de lúpulo, entre outros ingredientes, bem como por influência de diferentes tradições de origem europeia.

O sucesso da produção comercial a grande escala de algumas fábricas permitiu que algumas fizessem também investimentos em pequenas fábricas, como a Widmer, de forma a desenvolver cervejas mais complexas com um estilo próprio.

As principais marcas de cerveja pelo mundo



Alemanha
Com uma cultura fortemente influenciada pela cerveja, o mercado alemão é um pouco resguardado do resto do mercado cervejeiro devido à adesão dos cervejeiros alemães ao Reinheitsgebot (preceito da pureza) datado de 1516, de acordo com o qual os únicos ingredientes permitidos para cervejas são "Wasser (água), Hopfen (lúpulo) e (e) (Gersten-)Malz (cevada-malte)".
Existe uma grande variedade de diferentes estilos de cerveja alemã, tal como a Helles (Lager da Baviera), Weizen (cerveja fermentada de trigo), Kölsch (cerveja de alta fermentação da região de Colônia), Alt (uma cerveja escura consumida nas redondezas de Düsseldorf e Dortmund), Pilsner, Export (uma Pilsner abrandada) e Bockbier (uma cerveja escura forte).
Enquanto o mercado de cerveja é mais centralizado na Alemanha setentrional (com as maiores marcas: Krombacher, Warsteiner e Bitburger vendendo cada uma em torno de 400 milhões de litros), o sul tem diversas cervejeiras locais, de pequeno porte.

Austrália
No mundo em geral, a mais conhecida das cervejas da Austrália chama-se Fosters, mas no país de origem é pouco consumida. Existe uma piada entre os australianos: a Fosters seria tão ruim que decidiram exportá-la, conservando as restantes. A preferência pelas diversas cervejas australianas difere consoante os estados. Em Queensland, prefere-se a XXXX ("four-x" ou "quatro xis", numa tradução abusiva); na Austrália da Sul, bebe-se Coopers; na Nova Gales do Sul bebe-se Tooheys; em Victoria prefere-se uma VB; na Austrália Ocidental bebe-se a cerveja Swan e a Emu; na Tasmânia existe mais uma subdivisão: no norte bebem Boags, no sul bebem Cascade.

Bélgica
Como as demais nacionalidades, os belgas orgulham-se da sua rica cultura cervejística. Há mais de 1 500 tipos de cerveja belga (incluindo cerveja com rótulo) entre as quais: Stella Artois, Alken Maes, Jupiler, Delirium tremens, Duvel, Kwak, La Binchoise, Chimay, Leffe e Hoegaarden são algumas das mais conhecidas. Geralmente é dito (principalmente pelos belgas) que as cervejas da Bélgica são particularmente excelentes. A Bélgica é a única região que onde os monges trapistas produzem a cerveja que recebe o nome da ordem (cerveja trapista).

Estados Unidos
Até meados do século XIX, a cerveja Ale dominou a produção norte-americana, por influência da colonização inglesa. A situação mudou quando os estilos de lager, trazidos pelos imigrantes Alemães, demonstraram ser mais rentáveis no que diz respeito à sua produção e distribuição. Nomes como Miller, Pabst e Schlitz começaram a ganhar fama devido às fábricas de cerveja fundadas ou adquiridas por estas famílias.
Posteriormente, o mercado de cerveja dos Estados Unidos passou a ser dominada por grandes produtoras de cerveja, mais conhecidas pela sua uniformidade que por algum sabor em particular. Cervejas como a produzida pela Anheuser-Busch ou pela Coors seguem um estilo de pilsner muito restrito, com produção industrial em larga escala e com o uso de matérias primas de baixo-custo (como o arroz e o milho).
Contudo, a partir da década de 1980, os Estados Unidos apresentam uma boa quantidade de tipos de cerveja, que se podem encontrar em mais de 1500 brewpubs, microcervejarias, e cervejeiras regionais como a Anchor (San Francisco) e a Samuel Adams (Boston).

Grã-Bretanha
Os pubs contemporâneos mantêm sua cerveja constantemente na temperatura de 12ºC, não tão fria quanto os brasileiros gostam, mas ainda gelada o suficiente para ser refrescante. Defensores da cerveja britânica dizem que isso realça sabores sutis que não existem nas cervejas de outras nações. Esse é o caso das cervejas fabricadas em Yorkshire. Como a produção de lúpulo é característica das regiões meridionais, em particular, de Kent, as cervejas meridionais tradicionais, tal como a London Pride, estão a sul de uma linha que pode ser traçada do Canal de Bristol até Wash (na costa oeste da Inglaterra), contêm mais lúpulo do que aquelas encontradas a norte desta linha, como a Boddingtons.

México
Hoje, maior parte das cervejas mexicanas são produzidas por dois gigantes, FEMSA e Grupo Modelo. FEMSA, uma cervejaria internacional, é responsável pelas seguintes marcas: Tecate, Sol, Dos Equis, Carta Blanca, Superior, Indio, Bohemia e Noche Buena. Grupo Modelo tem menos marcas mas com maior mercado de exportação; Corona, Corona Light, Negra Modelo, Modelo Especial, Modelo Light e Pacífico são as marcas de exportação. Outras marcas do Grupo Modelo voltadas exclusivamente ao mercado local são a Victoria, Estrella e León e Montejo.

República Tcheca
O tipo Pilsener de cerveja originou-se na cidade de Plzeň na Boêmia. De fato, os tchecos fazem cervejas muito bem conhecidas e as mais bem consideradas nesse estilo, incluindo a Pilsner Urquell, Staropramen, e Budweiser original. Os tchecos são frequentemente apresentados como o povo que responde pelo maior consumo per capita de cerveja.

Brasil
O Brasil é o quarto maior mercado de cervejas do mundo, tendo produzido acima de 10 bilhões de litros em 2010 e tido um consuma anual per capita de 53,3 litros.
O mercado brasileiro de cervejas é dominado pelas grandes fábricas, que juntas detêm 98,2% do market share. AmBev, Grupo Schincariol, Cervejaria Petrópolis e Heineken, empresas que dominam o mercado, disponibilizam basicamente cervejas do estilo Light Pilsen.
A partir de meados dos anos 90 teve início no país um movimento de revolução das micro cervejarias, o qual vive um momento de ascensão, com a premiação de cervejas brasileiras em concursos internacionais e a descoberta por parte do público consumidor, mas que mesmo assim só representa 1,8% do mercado.


As muitas variedades da cerveja

Os principais estilos de cerveja

Lager
Tipo de cerveja fermentada com uma levedura que trabalha melhor em temperaturas mais baixas. Tal levedura é chamada de levedura de baixa fermentação. Ao processo pelo qual a cerveja é maturada em temperaturas baixas (comumente em caves, cavernas ou adegas) por longos períodos de tempo, chamamos de lagering, do alemão lagern que significa armazemar.
Embora existam muitos estilos de lagers, a maioria delas é clara na cor, com alto teor de gás carbônico, de sabor moderadamente amargo e conteúdo alcoólico entre 3 e 6 por cento por amostra. Os estilos de lager incluem: Bock, Doppelbock, Eisbock, Munchner Helles, Munchner Dunkel, Maibock, Dry Beer, Export, Märzen (feita somente para a Oktoberfest bávara), Pilsener e Schwarzbier (cerveja preta).

Ale
Tipo de cerveja produzida a partir de cevada maltada usando uma levedura que trabalha melhor em temperaturas mais elevadas. Tal levedura, conhecida como levedura de alta fermentação, fermenta a cerveja rapidamente, proporcionando um sabor frutado devido a maior produção de ésteres.
Cervejas de fermentação alta, especialmente populares na Grã-Bretanha e Irlanda, incluindo as mild (meio amargas), bitter (amargas), pale ale (ale clara), porter (cerveja escura muito apreciada por estivadores) e stout (cerveja preta forte). Diferenças de estilo entre cervejas de fermentação alta são muito maiores do que aquelas encontradas entre as cervejas de baixa fermentação e muitos estilos são difíceis de categorizar. A cerveja comum da Califórnia, por exemplo, é produzida usando o fermento para lagers em temperaturas para ales. As cervejas à base de trigo são geralmente produzidas usando um fermento para ales e então armazenadas, às vezes com um fermento para lagers. A cerveja belga Lambic é produzida com fermentos selvagens e bactérias, nativos da região do vale do rio Zenne (Pajottenland), perto de Bruxelas.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Rabanada


A rabanada é uma fatia de pão de trigo (pão-de-forma baguete ou outro) que, depois de molhada em leite, vinho (no Minho usa-se vinho verde tinto ou branco) ou calda de açúcar, é passada por ovos e frita.
A rabanada aparece documentada no século XV, citado por Juan del Encina: «mel e muitos ovos para fazer rabanadas», ao parecer como prato indicado para recuperação de partos. As primeiras receitas remontam ao livro de cozinha de Domingo Hernández de Maceras (1607) e "Arte de cozina, pastelería, vizcochería y conservería" de Francisco Martínez Motiño (1611). A rabanada era, no inicio do século XX, muito comum nas tabernas de Madrid e servia-se com jarros de vinho "razos").

As rabanadas fazem parte de muitas mesas em Portugal, e em várias ceias natalinas do Brasil. Servem-se polvilhadas com açúcar de canela ou regadas com calda de açúcar ou mel. Outrora, a palavra "rabanada" era apenas utilizada a norte do rio Mondego e ao mesmo doce atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada, ou fatia-de-parida. Em outros países são típicos nas celebrações de Espanha da Quaresma e Semana Santa e em várias partes do México, como Zacatecas.